Entidades empresariais bolsonaristas pressionam Vanderlan por voto a favor de Rogério Marinho
É violenta a pressão de entidades empresariais estaduais, como o Sinduscon e a Fecomércio, para que o senador Vanderlan Cardoso defina voto favorável à eleição do bolsonarista Rogério Marinho para a presidência do Senado.
Em uma mensagem de WhatsApp, Vanderlan é advertido: “Votando em Marinho, Vossa Excelência estará preservando o seu futuro político”. A ameaça, no estilo inflamado e insano dos extremistas radicais do bolsonarismo, está implícita. Não apenas uma sugestão ou defesa de uma posição, é intimidação mesmo.
A mulher de Vanderlan, Izaura Cardoso, também tem sido alvo de coações grosseiras. Ela é a primeira suplente do senador eleito Wilder Morais, que ainda não oficializou, mas em princípio deve apoiar Rogério Marinho.
Detalhes não tão pequenos: Rodrigo Pacheco, candidato à reeleição, é do PSD, partido de Vanderlan. Mais: com algumas adesões pós-eleição, o PSD deve se alçar à condição de maior partido do Senado, à frente do PL. Com isso, passará a ter direito à indicação do novo presidente da poderosa e mais importante Comissão da Casa, a CCJ ou Comissão de Constituição e Justiça, em especial com a vitória de Pacheco, por uma regra não escrita. Nome do PSD para o cargo? Ele mesmo, Vanderlan.