Baldy vai para a Secretaria do Entorno para se transformar em supercaptador de verbas
Disparou a cotação do ex-ministro das Cidades Alexandre Baldy para ocupar a recém-criada Secretaria do Entorno do Distrito Federal – SEDF, no comando da qual se transformará em um supercaptador de verbas para Goiás (e não apenas para a região) junto ao governo federal. Ao anunciar que vai ouvir os prefeitos vizinhos a Brasília antes de definir um nome para assumir a pasta, o governador Ronaldo Caiado praticamente desenhou o perfil de Baldy para o cargo.
Como se sabe, todos os prefeitos do Entorno apoiaram o ex-ministro para o Senado. Ele é unanimidade, ali. Para Caiado, a solução interessa na medida da forte penetração do seu novo auxiliar dentro do Congresso e, a partir daí, junto aos ministérios. Baldy é uma espécie de dodói do Centrão e em especial dos seus expoentes, o presidente da Câmara Arthur Lira e o ex-ministro e senador Ciro Nogueira. Não só, no entanto. Ele conta também com uma interlocução nacional de peso na maioria dos grandes partidos. Ou seja: locomove-se à vontade em meio ao serpentário da capital federal, como costumar definir o jornalista Wilson Silvestre, na coluna Xadrez, no jornal O Hoje.
O irmão de Baldy, Joel Sant’Anna, hoje na Secretaria da Indústria & Comércio, não representa problema algum. Para evitar o constrangimento de ter parentes entre si na equipe, Caiado dará aval à indicação de Joel para a presidência do Conselho Deliberativo do Fundo Constitucional do Centro-Oeste – FCO, administrativamente na esfera do Banco do Brasil. Não é pouca coisa. Para 2023, o FCO disporá de aproximadamente R$ 10 bilhões para aplicar nas áreas empresarial e rural em Goiás, nos dois Mato Grosso e no Distrito Federal.
Baldy, que não é besta, aceitará o desafio, mesmo sabendo que pelo menos inicialmente e durante um bom tempo, a nova pasta não terá grande estrutura ou volume de recursos específicos. E isso por um motivo: ele tem plenas condições para compensar essas deficiências com o seu poder de movimentação nos escalões do poder em Brasília. E ainda enxerga a oportunidade como a melhor alternativa para continuar ativo no campo político, dando assistência às suas bases e seguindo na busca da estadualização da sua imagem para uma nova candidatura ao Senado, em 2026.