Ou Caiado banca um candidato da base ou apoia Rogério Cruz em 2024
Os prognósticos para o governador Ronaldo Caiado em 2024, em Goiânia, são simples: lançar uma candidatura própria da sua base a prefeito ou investir na reeleição de Rogério Cruz, retribuindo o apoio recebido para a sua própria recondução, em 2022, aliás de forma incisiva, quando Cruz antecipou a sua posição ao divergir do Republicanos e cerrar fileiras com muita determinação a favor de Caiado.
A favor desse segundo arranjo, é bom lembrar: a vaga de vice está disponível. Ajuda a fechar um acordo.
Não existe terceira alternativa. O governador tem afinidade com o prefeito e idem. São chegados. Só que eleição é coisa séria e depende de viabilidade política e de potencial real de votos, não de simpatias. É provável que Caiado e Cruz jamais tenham conversado de modo objetivo sobre a disputa na capital no ano vindouro. Ainda assim, há uma situação implícita – o rescaldo de 2022. Isso, em tese, justificaria uma convergência do Palácio das Esmeraldas a favor do novo mandato para o atual dono da cadeira número um do Paço Municipal.
Pelas características pessoais de Caiado, a aposta mais segura é uma decisão alinhada ao seu perfil histórico de lealdade e fidelidade aos companheiros – fechando com Cruz, no caso. Seria um gesto de reciprocidade, o mesmo que o senador Vanderlan Cardoso devia pelo aval que recebeu em 2020, como candidato a prefeito de Goiânia, mas negou à vitoriosa reeleição do governador, por motivos até hoje não muito claros.
Conclusão: o prefeito precisa mostrar viabilidade. De alguma maneira, deixar patente que pode ganhar. Não faz sentido exigir do governador um sacrifício em vão.