Pedro Sales foi atraído pelo canto de sereia da política e agora quer uma candidatura
O ex-presidente da Goinfra Pedro Sales – nomeado nesta sexta, 17, para a Secretaria de Infraestrutura, destinada a se constituir como a mais bem aparelhada pasta do segundo governo de Ronaldo Caiado – caiu no canto de sereia da política e agora pensa em uma candidatura a deputado federal em 2026.
Em 2022, Pedro quase foi às urnas, com o mesmo objetivo. Desistiu para evitar a tradicional ciumeira entre os postulantes da base aliada, que fatalmente o acusariam de usar a estrutura administrativa da Goinfra para amealhar votos. Não abandonou o projeto, contudo. Mas a coisa toda não se resume apenas à Câmara Federal. A depender das circunstâncias, pode disputar a prefeitura de Goiânia, ano vindouro, ou até mesmo o governo estadual, daqui a escolha prioritária do governador para a vice.
O que significa “a depender das circunstâncias”? Ora, candidaturas majoritárias não decorrem apenas de vontade pessoal. Exige-se a convergência de uma imensidade de fatores e variáveis, entre as quais conteúdo político, penetração popular e a própria sorte. No caso de Pedro Sales, é indispensável a sintonia com os movimentos de Caiado. Ou seja: sem Caiado por trás, ele não vai a lugar nenhum. Só que o compromisso não escrito do governador é com a reeleição de Rogério Cruz, que apoiou a sua reeleição com firmeza e determinação. E, é óbvio, espera uma retribuição em 2024.
Quanto ao Palácio das Esmeraldas, é notório que o candidato de Caiado será Daniel Vilela. Repetidas vezes, a senha foi dada: “Esse moço ainda vai governar Goiás”, apregoou o funcionário público número um do Estado. Tudo indica que Daniel é o plano de voo preferencial, segurado contra turbulências. Ninguém, na aliança governista, tem autoridade para propor uma rota alternativa. O que está disponível é a vaga de vice. Essa, desde já, tem as medidas de Pedro Salles, como representante do União Brasil na confirmação do casamento com o MDB.