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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

03 mar

Sem oposição, momento da política é de céu de brigadeiro para Caiado

A consolidação do pacto político que sustentou a reeleição do governador Ronaldo Caiado, com a nomeação para o secretariado de representantes dos partidos aliados, desenha um céu de brigadeiro para o Palácio das Esmeraldas.

A base governista está 100% pacificada. Não há dissidentes nem rebeldes nem mesmo insatisfeitos, pelo menos se manifestando publicamente ou com alguma força nos bastidores. A Assembleia Legislativa está dominada. É até difícil prever algum tipo de contratempo para Caiado, em um cenário que desde já cria expectativas favoráveis para a sua sucessão em 2026 – com a provável candidatura do atual vice, Daniel Vilela.

A oposição… sim, por onde anda a oposição? Não se tem notícia.

Em relação ao cenário federal, o governador já tem estabelecidas as bases para um relacionamento proativo e civilizado com o presidente Lula, diferenças ideológicas à parte. Aliás, Caiado e o petista passaram a se identificar através da prioridade de ambos para o atendimento das demandas da população vulnerável. A base social de um, estadualmente, e de outro, nacionalmente, agora tornou-se uma só – os pobres, para os quais eles estão dedicando os mandatos assumidos em 1º de janeiro deste ano.

Sem crises no front político, governa-se melhor. Caiado está em vantagem, portanto, respaldado pela estabilidade fiscal do Estado, pelo caixa de R$ 10 bilhões, pela suspensão do pagamento das pesadas parcelas da dívida e por um espetacular enxugamento de gastos. Poderá empenhar-se à vontade na construção de obras marcantes como o Hospital do Câncer, a manutenção e implantação de rodovias, as casas para as famílias de baixa renda e, o mais importante de tudo, na ampliação dos programas sociais, que receberam R$ 4,5 bilhões no primeiro governo e nos próximos quatro anos vão ganhar no mínimo o dobro.

Não há nuvens sequer levemente acinzentadas no horizonte.