Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

31 mar

Tal como Rogério Cruz, Iris e Paulo Garcia também foram alvos de pedidos de impeachment sem fundamento

Os dois pedidos de impeachment contra o prefeito Rogério Cruz, protocolados na Câmara Municipal o primeiro por um estudante e o segundo por dois advogados, reproduzem o roteiro da mesma e idêntica situação ocorrida com os antecessores imediatos Iris Rezende e Paulo Garcia.

Ambos não esquentaram a cabeça. No caso de Iris, foi um vereador o autor da iniciativa, Jorge Kajuru. Quanto a Paulo Garcia, a investida correu por conta do promotor Fernando Krebs. Teoricamente, portanto, coisa mais séria. Ainda assim, em nenhuma das circunstâncias os processos prosperaram diante da fragilidade dos argumentos apresentados.

Como se sabe, esse tipo de instrumento jurídico necessita de um complexo arcabouço político para avançar. Isso inexiste, no momento, na Câmara Municipal, apesar da oposição a Rogério Cruz aparentar mais consistência que em gestões passadas (talvez sim, talvez não). Outra regra não cumprida é a falta de fundamentos sólidos. Nada consta das duas solicitações além de meras opiniões dos seus autores e não fatos. O prefeito não quebrou ou atropelou qualquer lei.

A história, quando se repete, tem um ar de comédia. Ou farsa, conforme a célebre frase de Marx. Esse episódio pode acabar até mesmo acrescentando pontos positivos para a imagem do dono da cadeira número um do Paço Municipal, na medida em que o coloca como injustamente atacado e de forma inócua e infantil. Pior ainda, social e politicamente isolada. Impeachment não se banaliza.

O assunto vale pouco papel e tinta. Ou melhor: não merece mais que alguns bytes. Notícia, enfim, de vida curta.