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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

21 abr

A surpresa positiva do crescimento de 6,6% do PIB goiano em 2022

Crescer 6,6%, em relação ao ano anterior, é um desempenho fantástico para qualquer economia pelo mundo afora. E foi exatamente o acontecido em Goiás em 2022, conforme apuração anunciada nesta segunda, 17, pelo Instituto Mauro Borges.

Esse índice é bem maior que o do país como um todo: 2,9%, já muito bom. Ir além do dobro, é ótimo.

Importa lembrar a tese bolsonarista de que o combate à Covid-19 via isolamento social geraria repercussões econômicas deletérias caiu por terra: 2022 foi o ano da retomada e trouxe um extraordinário ganho compensatório. Em Goiás, o governador Ronaldo Caiado recebeu uma saraivada de críticas pela intransigência nas medidas preventivas adotadas contra a pandemia, em especial pelas entidades classistas do empresariado. Todas acreditaram no que o presidente propagava.

Estavam erradas. E Jair Bolsonaro também. Caiado repetia o bordão de que a prioridade era salvar vidas. “A economia, a gente vê depois”, dizia na época. Esse “vê depois” ocorreu no ano passado e, com os números do PIB estadual divulgados agora, está provado ter sido altamente produtivo, acima das expectativas. Governo e iniciativa privada têm os seus méritos nesse resultado. A produção voltou, o consumo idem, mesmo em um ano eleitoral especialmente instável. O crescimento voltou.

A disparada do PIB goiano provavelmente será a maior dentre todos os Estados, em 2022. Um recorde que não se via há mais de uma década. Neutraliza, com folga, a desaceleração dos tempos de luta contra o coronavírus. E serve de lição para os incrédulos e os que conspiraram contra a saúde da população.