Viagens ao exterior de governadores nunca renderam nada para Goiás
Viagens internacionais de governadores de Estado são um assunto polêmico por natureza. Presidente da República, vá lá, existe uma estratégia diplomática a cumprir e grandes interesses políticos e comerciais a defender. Pensem bem, leitoras e leitores: no caso de Goiás, por exemplo, o que renderiam? O governador Ronaldo Caiado nunca foi ao exterior por conta dos cofres públicos. Já Marconi Perillo, em 16 anos de poder, passou pelo menos um ano e meio fora, caso somadas todas as suas visitas a países pelo mundo afora. Ou mais.
Marconi deu a volta ao mundo pelo menos duas vezes, custeado pelo erário, em 16 anos de poder. Esteve até em Cartagena, na Colômbia, um point 100% turístico. Índia, México, Canadá, Polônia, Japão, Uruguai, Dubai e quejandos. Nem de longe barato, somando-se as despesas das numerosas comitivas de secretários, assessores e convidados. Como diz o articulista Elio Gaspari, ganha uma passagem para a Ucrânia quem apontar um único resultado, de qualquer natureza, daí originado, mas principalmente em matéria de reflexos positivos na economia estadual ou em qualquer área.
A questão da “agenda internacional” que Marconi acusa Caiado de não ter
Caiado passa ao largo das tais missões internacionais. Mal vai a São Paulo, outro destino preferencial de Marconi. Iris Rezende e Maguito Vilela também não viajaram. Os dois, juntos, não chegaram a cinco ou seis excursões além Brasil, igualmente frustrantes em termos de retorno para as goianas e os goianos. As soluções (e principalmente os investimentos) demandadas pelos desafios estaduais, tudo indica, só podem ser encontradas por aqui mesmo, em Goiás. No máximo, em Brasília.
Caiado, há poucos dias, ensaiou uma viagem a Londres. Participaria de um seminário de lideranças. No final das contas, não foi e fez bem. Seria a primeira vez, em pouco mais de quatro anos como inquilino do Palácio das Esmeraldas. Está provado e comprovado que se trata de um gasto correspondente a um desperdício, sem feedback para governos limitados a fronteiras federativas, quer dizer, Estados. De proveitoso, desse tipo de agenda, nunca veio qualquer coisa.