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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

02 maio

Não passa de maio: ou o PSD fica com Vilmar Rocha ou vai ser entregue a Vanderlan

O ex-deputado federal Vilmar Rocha enfrenta neste mês de maio talvez o mais significante desafio de toda a sua carreira política: manter-se na presidência estadual do PSD ou ser destituído para que o bastão seja entregue ao senador Vanderlan Cardoso. A segunda hipótese é a mais provável.

 

 

O cargo é importante. Além da representatividade política, confere também ao seu detentor controle total e absoluto sobre as verbas dos fundos partidários e eleitoral. Só o primeiro garante o aporte de cerca de R$ 150 mil mensais, no caso do diretório regional, graças à bancada de 41 deputados na Câmara Federal (um, goiano: Ismael Alexandrino, que, a propósito, não tem ligações com Vilmar Rocha).

 

 

Tradicionalmente, partidos de primeira grandeza são comandados por deputados ou senadores, políticos com mandato, enfim. No caso do PSD de Goiás, a exceção corre por conta da amizade estreita entre Vilmar Rocha e o presidente nacional da legenda Gilberto Kassab(foto). Eles fundaram a agremiação lado a lado, com o goiano viajando pelo país para ajudar a articular adesões.

Mas isso é passado. Sem mandato, Vilmar Rocha se enfraqueceu. Ainda mais sabendo-se que Vanderlan integra a bancada de 15 senadores do PSD, a número um da mais alta Câmara Legislativa do país. Além disso, é presidente da poderosa Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, a segunda maior da Casa. Se apenas lógica houvesse, ele já seria há tempos o dono do partido no Estado.

Vai daqui, vai de lá, o fato é que a hora da verdade chegou. A convenção que renovará a presidência de Vilmar Rocha ou colocará Vanderlan na sua cadeira está marcada para o dia 31 de maio. E 100% das apostas, por ora, são pela ascensão do senador, restando a Vilmar se conformar com a vice-presidência – posto praticamente honorífico, sem peso na condução de qualquer sigla.