Vanderlan vai tomar o PSD estadual e a pergunta é: o que ele fará com o partido?
O senador Vanderlan Cardoso será o novo presidente estadual do PSD a partir do próximo dia 31, por designação do presidente nacional Gilberto Kassab – atendendo a uma lógica política que aconselha o controle regional de todo e qualquer partido por lideranças que têm em mãos mandatos parlamentares.
O atual presidente, Vilmar Rocha, é ex-deputado federal. Representa, assim, apenas ele mesmo. Perdeu a eleição do ano passado para o Senado com uma votação insignificante. Há sentido na sua substituição. O problema é o rumo para o qual Vanderlan vai levar o partido, da sua posse em diante.
O PSD está na base do governador Ronaldo Caiado. Compôs a coligação vitoriosa no ano passado, oferecendo os seus preciosos segundos na propaganda gratuita pelo rádio e televisão. Com essa ajuda, Caiado teve mais da metade do tempo e massacrou com essa enorme exposição os demais candidatos. O principal adversário, Gustavo Mendanha, pendurado no nanico Patriota, não chegou a um minuto.
Vanderlan é conhecido como um lobo solitário. Não tem grupo, não faz questão de ter e quando se mexe parece obedecer a sua própria cabeça e mais ninguém. Embora sem se opor a Caiado, evita proximidade com o governador, que o apoiou para prefeito de Goiânia em 2020, porém não teve a devida retribuição em 2022, quando o senador preferiu se perfilar ao lado do estranho no ninho Major Vitor Hugo.
O que vai acontecer com o PSD goiano, por ora, é uma incógnita. Não se tem certeza nem mesmo sobre a candidatura de Vanderlan à prefeitura de Goiânia, com base no recall adquirido nas duas últimas eleições que disputou e perdeu. Sem dúvida, o desafio para o senador é grande. Se ele vai estar à altura, ainda é cedo para que se saiba.