Informações, análises e comentários do jornalista
José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

18 nov

A “guerra santa” de O Popular para provar que Caiado não livrou Goiás do crime

O Popular, o jornal da família Câmara, tem as suas manias. Uma delas é combater sistematicamente quem está no poder, Iris Rezende e Marconi Perillo que o digam. Foi O Popular quem denunciou o caso Caixego e o manteve no ar por mais de 10 anos, sugerindo o envolvimento de Iris. Também foi o veículo de comunicação que vivia de ironizar Marconi, a quem acusava de lançar obras e programas de fachadas, que jamais sairiam do papel. Em ambos os casos, em parte há muito sentido. O problema, no entanto, é o espírito de perseguição do jornal e o modo desrespeitoso com que trata as chamadas autoridades constituídas, com parcialidade extrema e a velha doença infantil do esquerdismo.

No momento, o alvo, claro, é o governador Ronaldo Caiado. Afinal, é ele quem está hospedado no Palácio das Esmeraldas e, por isso, só por isso, precisa ser desconstruído, na visão tacanha de O Popular. Como Caiado logrou um sucesso sem precedentes com a sua política de segurança pública, a ponto de não ser exagero concluir que livrou Goiás do crime, O Popular não dá trégua na campanha de desmoralização e negação desse êxito inconteste, traduzido hoje na queda drástica de todos os indicadores de violência no Estado, menos um: o de agressões e assassinatos de mulheres. Com isso, segundo o tabloide dos Câmara, fica comprovado que o Estado não é o que melhor garante a paz social, dentre todas as unidades da Federação, conforme o governador apregoa não só aqui, como principalmente pelo país afora – e, relembrando, sempre unanimemente reconhecido pelo seu trabalho no combate à bandidagem, com a exceção de O Popular.

Os delitos contra as mulheres não diminuem porque se trata de uma ocorrência entre quatro paredes, sólidas ou imaginárias, e decorrente do relacionamento íntimo dos casais, uma esfera onde não é possível impor policiamento preventivo, apenas resolutivo, ou seja, pós-acontecimentos. Nos demais índices, não há um só que não tenha experimentado uma queda peremptória, ano a ano, desde que Caiado assumiu em 2019. Alguns, desapareceram, como as manifestações do novo cangaço ou as explosões de caixas eletrônicos. O preço do seguro das pick-ups cabine dupla teve uma redução de 70% (eis aí uma excelente pauta que O Popular jamais fará). As “saidinhas”, roubos a clientes logo depois de sacar dinheiro no banco, simplesmente não existem mais e quem quiser contar dinheiro na calçada, pode fazê-lo sem risco de ser roubado (atenção, leitoras e leitores: isso não é recomendado, por óbvio).

 

LEIA TAMBÉM

Uma façanha inacreditável: Caiado livrou Goiás do crime

Aprovação elevada abre caminho para Caiado quebrar o tabu em Goiânia

Os fatores que deram a Caiado o título de melhor governador do país

 

As diatribes dos Câmara para demonstrar que tudo isso não passa de uma mentira não conhecem limites. Os feminicídios, que não cedem, são exaustivamente explorados. Outro argumento é o da letalidade da polícia goiana. Sim, bandidos morreram aos montes em Goiás, mais nos anos iniciais de Caiado, menos hoje. Os verdadeiros criminosos, segundo O Popular, são os agentes da lei que cumprem o seu dever respondendo a bala os tiros que recebem E acertam, muito mais, em razão do treinamento, preparo e equipamento adequado para as duras e perigosas funções que exercem. Eles, os policiais, morrem também, porém poucos, em Goiás, ao contrário de Estados como o Rio de Janeiro, São Paulo ou a Bahia, caracterizando nada mais nada menos que a elevada eficiência do aparelho de segurança goiano. Só que, na visão de O Popular, isso apenas atesta uma espécie de “culpa” das polícias civil e militar – e é por isso que o jornal foi ao delírio quando um desembargador aloprado propôs a extinção da PM alegando que, nos conflitos com marginais, apenas esses iam a óbito e assim se poderia deduzir que a força policial é que seria criminosa.

Falsamente e de maneira escandalosa, O Popular mentiu para o seu público ao afirmar que o discurso de segurança de Caiado estaria comprometido porque o Estado teria caído duas posições no ranking nacional de competitividade, quanto a esse quesito. É uma piada. O jornal escondeu que esse item não é composto apenas pela avaliação da efetividade da ação das forças encarregadas de manter a ordem e inclui demandas prisionais, atraso do Ministério Público ao processar réus criminais, mortes por acidentes em vias terrestres e até internações dessas vítimas em hospitais. No que interessa mesmo, a segurança patrimonial, a taxa geral de homicídios e a diminuição dos estupros, Goiás continuou liderando, com números para lá de surpreendentes – e, o mais importante, em decréscimo constante.

Mentiu também ao desinformar que Caiado transformou a reunião convocada pelo presidente Lula para tratar de assuntos de segurança em palanque para a sua campanha presidencial. Palanque, caras amigos e caros amigos, foi o próprio encontro, uma encenação montada para tentar tirar o governo federal da sua eterna omissão quanto à tranquilidade da população, em especial em governos de esquerda que cultivam o mito de que a criminalidade é produto das desigualdades sociais e que o bandido é uma vítima. Caiado falou com autoridade e ninguém, nem Lula, ousou interrompê-lo. Tinha cinco minutos, usou o microfone por dezessete. Se mais, todos os presentes ouviriam contritamente calados, diante da imensa autoridade moral do governador goiano. Encurralado, o presidente partiu para fazer gracinhas, dizendo-se surpreso por conhecer um Estado onde o crime havia sido dominado, sem facções e com todos os indicadores de violência ladeira abaixo. Levou uma reprimenda de Caiado: “Sobre isso, o presidente, em vez de ironizar, deveria mostrar que se preocupa seriamente”, declarou o governador na saída aos jornalistas.

Diga-se o que se quiser dizer de Caiado, mas reconheça-se: ele livrou Goiás do crime. Entenda-se essa assertiva: toda sociedade é complexa e desvios sempre existirão. O que vale é a percepção universal, traduzida, para as goianas e os goianos, na desclassificação da segurança como motivo número um de aflição emergente em todas as pesquisas desde os primórdios do mandato do governador. Saúde e Educação, aqui, é que vêm em primeiro lugar, enquanto, no resto do Brasil, é a falta de segurança que assombra. O triunfo de Caiado é irrefutável, expresso nas estatísticas cada vez mais mirradas quanto a violência de toda natureza em Goiás. É para valer. Se dependesse de O Popular, estaríamos vivendo na barbárie e na selvageria.