Política de contratação de temporários (só na Educação já são 20.384, sendo 13.358 professores) abusa dos direitos dos trabalhadores e mostra total improvisação administrativa do Estado
É um vexame para Goiás a intensificação da política de contratação de temporários pelo governo do Estado. Só na Educação, já são 20.384 temporários, sendo 13.358 professores. Mas há outras áreas, como a dos vigilantes prisionais, em que também há milhares de contratados dentro dessa modalidade. Nesta semana, o governador Zé Eliton autorizou a admissão de mais 973 professores temporários.
Temporário significa, leitor, que o trabalhador não tem nenhum direito: nem férias nem décimo-terceiro nem contribuição previdenciária nem nada. É a pior forma de precarização do trabalho que existe no país e só perde para o trabalho escravo.
Só esse item – contratação de milhares e milhares de temporários – é suficiente para confirmar que é lorota o discurso de Marconi Perillo e agora de Zé Eliton alegando que o Estado foi modernizado nos últimos 20 anos e que hoje cumpre o seu papel de transformar para melhor a realidade dos goianos. Na realidade, o que houve e continua havendo é muita, mas muita improvisação e a desumana situação dos temporários é a maios prova disso.