Folha de S. Paulo avaliou que, como coordenador político da candidatura de Geraldo Alckmin, Marconi era “indigesto” e “alvo do DEM porque rivalizou anos com o partido em Goiás”
O ex-governador Marconi Perillo não emplacou como coordenador político da campanha presidencial de Geraldo Alckmin, não sabia que o Centrão estava fechando acordo com o ex-governador paulista e ainda amargou o noticiário nacional negativo, que apontou o seu afastamento da função – diante das suas dificuldades para dialogar com o DEM – para não atrapalhar mais candidato tucano.
Para evitar desgastes para o seu “coordenador”, Alckmin corrigiu as primeiras notícias sobre o afastamento e disse que Marconi continua – mas o fato é que ele… não continua.
No início do mês, a repórter Daniela Lima, uma das mais importantes da área política da Folha de S. Paulo, já havia registrado que Marconi ia de mal a pior na coordenação da campanha de Alckmin e era considerado “indigesto” e “alvo do DEM porque rivalizou durante anos com o partido em Goiás”.
Sucederam-se trapalhadas, como o episódio desastrado em que o ex-governador goiano disse em reunião com caciques do MDB que “Henrique Meirelles daria um ótimo vice para Alckmin”, declaração que o partido repeliu com veemência.
Outra ação desajeitada de Marconi ocorreu no Espírito Santo: enquanto Alckmin ligava para Renato Casagrande, do PSB, para estimular sua candidatura ao governo, o “coordenador” telefonava para o governador Paulo Hartung para articular a candidatura do seu vice César Conalgo também ao governo, pelo PSDB. Alckmin ficou irritadíssimo e foi obrigado a desautorizar Marconi.