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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

04 set

Telefonemas de Jayme Rincón, se arvorando em estrategista da oposição, irritam deputados do PSDB e aliados na Assembleia, que querem distância de uma figura que só tem identidade com a corrupção

Os deputados da bancada de oposição ao governador Ronaldo Caiado, na Assembleia, estão irritados com o assédio diário do ex-presidente da Agetop Jayme Rincón, que, em telefonemas insistentes, se apresenta como articulador e estrategista de manobras para complicar a vida do Palácio das Esmeraldas quanto a tramitação de matérias do seu interesse na Assembleia. Rincón liga sem parar: um exemplo é a tramitação da PEC que reduz a vinculação constitucional de recursos para a Educação, que ele entende que deve ser derrubada – e isso também através de uma saraivada de mensagens pelo WhatsApp.

 

Jayme Rincón, depois de duas prisões e envolvimento em processos de corrupção tanto recebendo propinas da Odebrecht em nome do ex-governador Marconi Perillo quanto atuando por conta própria em escândalos como os desvios na Codego, transformou-se em figura tóxica para a política estadual. Ninguém sabe se ele importuna os deputados em nome do ex-governador Marconi Perillo ou por conta própria, dando vazão ao seu gosto pessoal por mutretas de bastidores, que foram a constante dos governos de Marconi entre 2011 e 2018. Ele era uma espécie de primeiro ministro e, se foi assim, é porque sem dúvidas detinha a confiança absoluta do tucano mor de Goiás e era seu lugar-tenente. No final das contas, deu no que deu.