Mistério profundo: por que Maguito, que segundo Daniel Vilela está muito bem e até voltou a falar (com uma válvula no pescoço) não grava um vídeo para dirimir as dúvidas sobre a sua capacitação física?
Um mistério intriga quem acompanha a evolução do estado de saúde do prefeito licenciado de Goiânia Maguito Vilela, que continua internado na UTI do Hospital Israelita Albert Einstein primeiro para enfrentar o ataque que sofreu do novo coronavírus e agora tratado das sequelas da doença: por que ele não grava um vídeo mostrando qual é a sua verdadeira situação física e capacitação orgânica, as quais, segundo garante o filho Daniel Vilela (que, pela sua vocação para falar sobre assuntos médicos, escolheu o curso errado ao se formar em Direito por uma faculdade de Anápolis, aliás, repetindo o pai, quando deveria ter estudado Medicina), seriam as melhores possíveis?
Mais: por que não há nenhuma imagem de Maguito, depois que o próprio Daniel Vilela o fotografou na UTI do Albert Einstein há cerca de 50 dias e daí para cá nada mais foi mostrado? Conforme o filho, o pai voltou a falar, superando o comprometimento das cordas vocais, inevitavelmente lesionadas pelo prolongado uso de aparelhos de auxílio respiratório (lembrando que muitos casos exigem perenemente a utilização de equipamentos de suporte, aqueles que substituem a voz por uma emissão eletrônica meio que Darth Vader).
É tudo muito estranho. Mas as condições físicas de Maguito, hoje, não são um assunto somente da sua família ou, mesmo, da sua esfera particular. O interesse é geral, uma vez que ele foi eleito para administrar Goiânia e é preciso saber se, algum dia, ele poderá fazer isso sem intermediários, como é o caso hoje. Uma coisa é o seu padecimento pessoal, outra o andamento administrativo da capital, que envolve quase 1,5 milhão de pessoas. Essa estória de acenos, de considerações que Maguito fez no passado sobre possíveis nomes para o secretariado municipal, de gestos que aprovariam isso ou aquilo, de sorrisos, está muito mal contada. O prefeito licenciando, que não teve resistência nenhuma para a Covid-19, de repente transformou-se em um portento capaz de superar todas as consequências do mal que o assolou, entretanto oculto pelos seus familiares e sem nenhuma informação a não ser os comunicados lacônicos do hospital onde está internado e as repetidas “comemorações” de Daniel Vilela, amplamente desmentidas em todas as fases da sua enfermidade. A verdade precisa aparecer.