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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

09 ago

Adesão de prefeitos do PSDB é a maior jogada de Caiado desde que fechou com o MDB e Daniel Vilela para a vice, sugerindo um efeito arrastão capaz de decidir a eleição no 1º turno

A adesão dos quatro prefeitos do MDB – por sinal, os mais emblemáticos do partido, abrindo a porta para que os oito restantes, dentre os 12 que ficaram com o ex-governador Marconi Perillo até o último minuto – é a maior jogada do governador Ronaldo Caiado na busca de mais um mandato desde que fechou com o MDB e Daniel Vilela para vice há mais de um ano atrás. Claro, na montagem de um planejamento eleitoral bem-sucedido todos os tijolos contam para a segurança e eficácia do edifício em construção, mas um ou outro sempre têm mais importância estratégica. É aí que entra a declaração de apoio de Valmir Pedro (Uruaçu); Carlos Alberto Lereia (Minaçu); Joaquim Guilherme (Morrinhos); e Neilton Ferreira Urzeda (Vicentinópolis).

Lereia, então, tem um peso maior que qualquer outro prefeito tucano, por se tratar de um aliado histórico de Marconi, fiel até a última gota de sangue. Note-se, leitoras e leitores: na sua opção pela reeleição de Caiado não há nenhuma traição ao amigo e companheiro de décadas. Marconi, ao assumir a candidatura ao Senado, corretamente liberou as suas bases para apoiar qualquer postulante ao Palácio das Esmeraldas, embora recomendando os candidatos da oposição. Ocorre que não os há, em termos de retorno político. Gustavo Mendanha, que seria o desdobramento natural para essa orientação, preferiu refugar, em mais um dos 100 erros que o veterano jornalista Helton Lenine ironiza ao dizer que é capaz de apontar na articulação política e eleitoral do ex-prefeito de Aparecida.

Vejam o tamanho de mais esse equívoco de Mendanha: além dos votos que ele dispensou, os prefeitos tucanos que caminharão ao lado a lado com Caiado, o governador que destronou o PSDB, terão um impacto positivo tsunâmico na campanha para o governo do Estado. Eles passam a ser a prova mais cabal possível de que a reeleição é irreversível e tem tudo para se dar no 1º turno, face a fraqueza e fragilidade dos adversários, por um lado, mas sobretudo, por outro lado, pelo poderio das bases arregimentadas por um projeto que também reúne a maioria das intenções de votos das goianas e dos goianos, conforme demonstrado por todas as pesquisas publicadas desde a primeira até a última.