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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

17 ago

Clima de disputa acirrada pela vaga no Senado, ainda mais com Marconi no páreo, tira o foco da eleição para governador e beneficia Caiado

Uma novidade imprevista na eleição deste ano em Goiás – a permissão para o lançamento de candidaturas avulsas ao Senado – criou um clima de rivalidade acirrada na disputa pela cadeira na mais alta Câmara Legislativa do país e esfriou o enfrentamento pelo governo do Estado, beneficiando, por óbvio, a reeleição do governador Ronaldo Caiado.

Postulantes de peso se alinharam na concorrência senatorial, que as pesquisas mostram, de certo modo, embolada com pelo menos quatro postulantes viáveis: Marconi Perillo, Delegado Waldir, Alexandre Baldy e Vilmar Rocha, todos com estofo suficiente para ambicionar a vaga, uns mais, outros menos, correndo ainda lateralmente João Campos e Denise Carvalho, além de Wilder Morais. São sete, no total, com chances teóricas, ao mesmo tempo em que a competição pelo Palácio das Esmeraldas acabou sendo marcada pelo desequilíbrio favorável a Caiado frente a antagonistas  muito abaixo da sua estatura, como Gustavo Mendanha, Major Vitor Hugo e Wolmir Amado.

As atenções se voltam, portanto, para o Senado. A sensação é que a eleição para governador está liquidada, quando nada pela fragilidade da oposição ao atual governador. Conseguirá Marconi superar a sua monumental rejeição e ganhar a parada? Delegado Waldir confirmará a sua nova postura política, moderada e afinada com Caiado, e chegará lá? Baldy colherá os frutos da ampla base de prefeitos que montou? E Vilmar, de todos o que tem o perfil mais adequado para o mandato, será reconhecido pelo eleitorado como um “senador de verdade”, como propõe o seu slogan de campanha? O páreo, por ora na fase inicial, ainda não deu nenhum indicativo, mas não vai demorar para que as primeiras sinalizações apareçam.