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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

05 jan

Fiasco do PT com a segurança pública infla a candidatura de Caiado

Para a esquerda, o crime resulta das desigualdades sociais. Bandidos são vítimas sem saída para sobreviver, forçados a transgredir a lei. Assim, ladrão de celular seria uma espécie de justiceiro. O próprio Lula, um boquirroto notório, já defendeu esse tipo de “profissional” como um coitado às vezes preso e humilhado como mártir das diferenças de classe no Brasil. Esquecem-se todos de que pobre também tem o seu aparelho, comprado em prestações mensais. Assim como, entre os rentistas diariamente acusados pelo PT de sugar as finanças do país, estão também os mesmos pobres, na tentativa de preservar as suas economias guardando as reservas na poupança.

O governador Ronaldo Caiado, contrariando essa visão distorcida do mundo, transformou Goiás em uma ilha de segurança em um país sob o domínio das milícias, do crime organizado e dos grupelhos tipo PCC ou Comando Vermelho e tantos outros. Não há facções operando no Estado. Não há rebeliões nos presídios. As condições são duras? São. Mas cadeia não é colônia de férias, lembra sempre o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Para combater a marginalidade com eficiência, é preciso rigor. Como Caiado orienta as suas polícias, hoje consideradas as mais produtivas dentre todas as Unidades Federativas, exportando inteligência, técnicas e doutrinas para ajudar na conquista nacional da paz social.

Historicamente, o PT tem dificuldades para enfrentar a violência. Recentemente, com Lula pressionado por uma sucessão de ocorrências graves em São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, o governo federal lançou um plano emergencial de R$ 900 milhões para fortalecer a segurança pública. Sucede que, mais uma vez, o prometido deixou de ser cumprido. O dinheiro, uma merreca insuficiente para atender os 27 Estados e o Distrito Federal, não saiu do papel. Perguntem a Caiado se ele recebeu algum tostão das arcas de Brasília e se ouvirá educadamente que continua à espera.

 

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Enquanto isso, as pesquisas seguem apontando o medo das ruas como dominante entre as brasileiras e os brasileiros. Menos, é claro, em Goiás. Enquanto o governador, que é médico, aplica a receita correta para curar um mal coletivo, a gestão petista enrola e não sabe como proceder ou não quer. Antigamente, as esquerdas tinham no empresariado o bicho papão das suas miragens. Hoje, o “outro”, o “eles” antagonista do “nós”, os “opressores”, passaram a ser definidos pelas lutas identitárias e ambientalistas. No lugar dos “trabalhadores”, surgiram como “oprimidos” os negros, os palestinos, as mulheres, os não-heterossexuais e outros alvos do preconceito. E, por que não?, a população penitenciária. Com o guru máximo de tudo isso, Lula, se omitindo em escala monumental, recusando mulheres para as Cortes superiores, mantendo um Ministério de homens e seguindo em frente no desmantelamento dos órgãos oficiais de fiscalização do meio-ambiente, sem falar nas mazelas e intolerâncias já incorporadas à sua biografia.

Politicamente, Caiado é um beneficiário e tanto desses equívocos. Ideologicamente definido, sem receio de assumir suas posições, tornou-se um paladino da lei e da ordem. Em Goiás, os índices de criminalidade caem drasticamente a cada ano, desde a posse no 1º mandato em 2019. A sua competência para garantir a segurança da sociedade é reconhecida por todos os cantos e mais ainda celebrada nos Estados do Nordeste, a começar pela Bahia, onde estão os contingentes eleitorais muitas vezes decisivos em eleições presidenciais. Lá, é citado espontaneamente como modelo a ser replicado. Este blog acrescenta: não só no quesito eficiência policial, como também na prevenção e no combate às desigualdades através de uma infinidade de programas sociais. O governador goiano soube como estabelecer essa conexão positiva, a tal ponto que, juntamente com os êxitos na economia, os percentuais de pobreza em Goiás também passaram a despencar.

Candidato viável a presidente Caiado já se tornou, credenciado por uma característica marcante em vias de se transformar na principal exigência do eleitorado em 2026 – a mão firme na repressão, punição e eliminação da delinquência no Brasil. Só isso, no entanto, não basta. Vai logicamente pesar a necessidade de arranjos partidários e de uma articulação política difícil e espinhosa, indispensáveis para pavimentar a ascensão ao Palácio do Planalto. Mas o básico, o necessário para dar partida, ele já tem. É será o grande nome da segurança pública para o povo brasileiro.