Favoritismo de Daniel Vilela para 2026 vai à potência máxima com apoio do PL
Digam o que quiserem o senador Wilder Morais, alguns deputados e até vereadores do PL por esse Goiás afora, mas o fato é que a integração do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro à aliança que sustentará a candidatura do vice-governador Daniel Vilela ao Palácio das Esmeraldas converteu-se de fantasia em expectativa concreta e caminha para consolidar uma frente política que já esbanja potencial eleitoral, já que presidida por duas das maiores legendas do Estado, qual sejam o UNIÃO BRASIL e o MDB. Com o PL, a campanha de Daniel será transformada em um vagalhão capaz de influenciar em definitivo as urnas goianas, sem deixar espaço para qualquer tipo de oposição.
Meio que debilmente e sem convicção, alguns dos raros seguidores de Wilder, atual presidente regional do PL, garantem que ele disputará o trono da Praça Cívica em 2026. O próprio senador nada diz, deixando claro sua insegurança quanto a um passo que pode sacrificar em definitivo a sua carreira. Enquanto isso, cresce e se amplia a conversa sobre o apoio do partido-mor do bolsonarismo a Daniel Vilela. Tudo começou com a movimentação do vereador Vitor Hugo, ao levar o vice a um encontro reservado com o Jair, em mais um passo para se firmar como postulante ao Senado dentro da chapa governista – o que, é óbvio, aumentaria as suas chances já significativas como um nome plenamente identificado com o ex-presidente.
Não foi só isso, no entanto. Ao desistir de levar adiante a ação de inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado e de cassação do mandato e também inelegibilidade do prefeito Sandro Mabel, abrindo mão de um recurso direcionado ao Tribunal Superior Eleitoral contra a decisão unânime do Tribunal Regional Eleitoral livrando tanto Caiado quanto Mabel de qualquer pena supressora de direitos políticos ou eleitorais, o próprio PL sinalizou a sua abertura de portas para uma composição com Daniel Vilela para o pleito do ano que vem. O partido não tem como justificar qualquer ataque a Caiado e nem a Mabel na medida em que ambos se constituem em lideranças de expressão do mesmo bloco ideológico, inclusive com ligações diretas com Bolsonaro (não foi à toa, daí, que o ex-presidente chegou a defender a absolvição do governador e a recuperação da sua elegibilidade).
Embora uma das legendas mais poderosas do país, o PL em Goiás não é assim tão expressivo, embora carregue um espetacular simbolismo como projeção partidária do campo da direita. Os escassos 26 prefeitos que elegeu nas urnas passadas formaram rapidamente uma fila para se transferir para a base governista, esvaziando a já minguada estrutura do partido em termos municipais. Todos eles tratam bem e adulam Wilder, porém ostensivamente mais de olho nas emendas milionárias que o senador pode destinar e menos interessados em uma identificação em matéria de ideias ou propostas – das quais, a propósito, o doutrinariamente indigente Wilder carece de modo absoluto. Com tantos sinais positivos indicando que a principal agremiação dos bolsonaristas está evoluindo para se alinhar com a sua candidatura, o fato é que Daniel Vilela ganha mais uma variável de respeito para reforçar o seu já acentuado favoritismo para 2026.
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