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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

08 jul

Ações desastradas de Marconi como coordenador político da campanha de Alckmin e falta de diálogo com a cúpula do DEM, por causa da inimizade com Caiado, expõem inabilidade e falta de tato

O coordenador político da campanha de Geraldo Alckmin, Marconi Perillo, não está indo bem na função.

 

Marconi, que sempre se opôs ao DEM em Goiás e trabalhou duro para esvaziar o partido no Estado em razão da sua inimizade com Ronaldo Caiado, não é bem visto pela cúpula nacional dos democratas – segundo informação  da colunista Daniela Lima na Folha de S. Paulo.

 

Ela publicou uma nota com um comentário do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no contexto das articulações para levar o DEM a apoiar Ciro Gomes, do PDT, e não Geraldo Alckmin, do PSDB, a propósito de um jantar na casa de Maia para encaminhar uma definição para a posição final do partido: “Ainda bem que no jantar de quarta (4) não vamos servir pequi”, disse Maia, em uma ironia fina em relação a Marconi.

 

Outra escorregada de Marconi foi a declaração infeliz que ele deu ao dizer em um encontro com líderes do MDB que Henrique Meirelles seria uma boa opção para a vice de Alckmin. Veja o que Daniela Lima escreveu:

 

“A fala de Perillo ao MDB repercutiu mal na pré-campanha de Henrique Meirelles, o nome da sigla para o Planalto. No QG do ex-ministro da Fazenda a resposta à insinuação de que ele seria um bom companheiro de chapa para os tucanos veio em tom de chacota. ‘Vamos oferecer a vice para João Doria (PSDB-SP)’, disse um colaborador de Meirelles. Doria é pré-candidato ao governo de SP, mas o imobilismo de Alckmin nas pesquisas alimenta especulações sobre uma troca”.