Criação de secretarias e cargos com salários elevados, acompanhada por nomeação em massa de políticos: Daniel Vilela e Gustavo Mendanha passam a boiada e aparelham Goiânia e Aparecida
Desde o início das suas novas gestões, a 1º de janeiro último, as prefeituras de Goiânia e Aparecida vivem um ritmo frenético de nomeações de políticos, depois que mais secretarias foram criadas e acrescentadas centenas de cargos comissionados com salários atrativos, ainda mais em tempos de desemprego provocado pela pandemia do novo coronavírus. Em Goiânia, foram implantadas de uma canetada só quatro novas pastas, enquanto Aparecida foi mais ousada e abriu espaço para mais oito, com o acompanhamento das respectivas estruturas administrativas (leia-se: quadro de pessoal) – imediatamente usadas para abrigar ex-vereadores, candidatos derrotados e representantes de partidos políticos.
Não é exagero chamar o que está acontecendo em ambos os paços municipais de farra. Só que, infelizmente, por conta dos cofres públicos. Há dois projetos de conquista do poder estadual, ou seja, do governo do Estado, em andamento, um em Goiânia, outro em Aparecida. Aproveitando a doença do pai Maguito Vilela, que segue internado em estado grave e incapacitado fisicamente na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, o filho Daniel Vilela deita e rola, de olho na sustentação da sua candidatura a governador em 2022. Foi ele quem comandou a fabricação indecente de mais de 300 cargos comissionados na prefeitura da capital, com vencimentos entre R$ 8 e 12 mil e poucos reais por mês, anexando uma despesa extra de R$ 30 milhões anuais ao orçamento do município. O vizinho Gustavo Mendanha não hesitou em seguir o exemplo, já que também foi picado pela mosca azul e imagina representar o MDB na próxima disputa pelo Palácio das Esmeraldas. Eles aproveitaram o início dos novos mandatos e passaram a boiada.