Em cenário de racha, Vilmarzim vai para o PT
O prefeito de Aparecida Vilmar Mariano, por ora no MDB, abriu conversações com a deputada federal Adriana Accorsi e com o deputado federal Rubens Otoni para acertar a sua filiação ao PT e viabilizar a sua candidatura à reeleição. Vilmarzim recusou todos os apelos para reconsiderar o rompimento com o seu antecessor Gustavo Mendanha, passou a enfatizar publicamente a consciência de não contar mais com o apoio de Mendanha e, nesta sexta, 15, procurou o comando estadual petista para ajustar o seu ingresso no partido do presidente Lula.
O prefeito aparecidense chegou a avaliar as alternativas do PRD, a legenda nanica do marqueteiro Jorcelino Braga, e do PSDB do ex-governador Marconi Perillo. Mas, em função das limitações dessas duas siglas, em especial quanto ao horário de propaganda eleitoral no rádio e na televisão e ao fundo eleitoral, resolveu priorizar o PT, enxergando também a vantagem de uma campanha em sintonia com a de Adriana Accorsi em Goiânia. Hoje, Adriana lidera as pesquisas, o que poderia se refletir na postulação de Vilmarzim – em especial com a escolha de uma mulher para a sua vice.
Fontes próximas a Vilmar Mariano revelam: ele foi informado de que Mendanha teria convencido o governador Ronaldo Caiado e o vice e presidente estadual do MDB Daniel Vilela da sua incapacidade para conquistar a reeleição, depois de não evoluir nas pesquisas mesmo se beneficiando da natural exposição do cargo. Da mesma forma, segue com uma avaliação baixa para a sua gestão, visto pela população como um político sem qualificação para liderar uma máquina pesada como a da prefeitura de Aparecida.
Caiado, segundo esses interlocutores, lavou as mãos e delegou a missão de decidir sobre o nome da base governista no segundo maior centro urbano do Estado a Daniel Vilela. O governador viaja neste sábado, 16, para Israel, e só retorna no dia 22, à noite. O prazo final para as definições com vistas às urnas deste ano, como se sabe, vence no dia 5 de abril, a partir de quando passam a ser vedadas as mudanças de domicílio eleitoral e filiação partidária. Vilmarzim, no entanto, avisou que não vai esperar.
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