País leva a sério a candidatura presidencial de Caiado e isso já é uma vitória
O governador Ronaldo Caiado pode colocar a mula na sombra, pelo menos por enquanto: não há no Brasil, a menos de dois anos da sucessão presidencial, nenhuma liderança de porte nacional capaz de encarnar uma bandeira de força para todo o país como, no seu caso, a proposta de uma solução para os desafios da segurança pública – hoje motivo número um de preocupação das brasileiras e dos brasileiros, menos em Goiás, onde o que lidera os anseios da população são temas como a Saúde e a Educação. Com Jair Bolsonaro inelegível, Tarcísio de Freitas hesitando entre a reeleição em São Paulo e a corrida pelo Palácio do Planalto, e figuras menores e sem marca própria como Romeu Zema, Ratinho Jr. e Geraldo Alckmin, pode-se concluir sem medo de errar: Caiado está correndo sozinho na raia já aberta para as eleições de 2026. Pelo menos, neste momento, ele é o único em campanha, com o detalhe enriquecedor de desenvolver uma agenda construtiva.
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Ora, direis, há muito pela frente, um autêntico mar de incertezas. Certo, é fato. Mas, quando se avalia o futuro, a única certeza é o presente. A vantagem de Caiado é eloquente. O sucesso da política de combate à violência ao Goiás, o Estado onde não se encontram rastros das 72 facções que operam do Oiapoque ao Chuí, serviu de cimento para o projeto presidencial do governador goiano – levado à sério pela classe política, pelos grandes veículos de imprensa e sintomaticamente pelo UNIÃO BRASIL, um partido de porte que tem caixa suficiente para lançar Caiado e já reiterou inúmeras vezes, inclusive há menos de 10 dias, no encontro dos seus prefeitos eleitos neste ano, em Brasília, que está firmemente disposto a tanto.
A candidatura, portanto, é para valer e recebida com respeito pelo Brasil afora. Com exceção do tom de deboche com que O Popular trata Caiado e se desdobra para ridicularizar e desmoralizar o seu êxito na segurança, parece ter surgido uma unanimidade quando o assunto é o voo do governador de Goiás. O que, registre-se, já é uma façanha, uma vez que jamais um filho da terra conseguiu se posicionar como postulante à Presidência da República e ser incluído nas expectativas gerais como uma possibilidade real. Em tempos recentes, Iris Rezende e Marconi Perillo até que tentaram, porém como piada de mau gosto ou farsa marqueteira. Não foram a lugar nenhum.
Se Caiado vai chegar lá, ou seja, se vai mesmo efetivar a sua candidatura, se terá chances de vencer ou, enfim, como se sairá como um político que ousa sonhar alto e já alcança inegável repercussão não só dentro das cúpulas partidárias, como também junto à população, ainda é cedo. No entanto, ele já cumpriu etapas importantes, a principal delas se transformar em um nome que aparece automática e espontaneamente em todas as cogitações para a sucessão federal de 2026. Esse é o melhor e mais positivo sinal para quem tem intenções e planos de tamanha envergadura, mirando, em um momento estratégico para o país, um horizonte tão elevado quanto o Palácio do Planalto. É uma primeira vitória, uma verdadeira façanha, trazendo otimismo para encarar o longo e árduo caminho a percorrer.