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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

15 dez

88% de aprovação para Caiado comprovam: o céu é o limite

Uma pesquisa Genial/Quaest, parceria entre dois institutos de reconhecida credibilidade até fora do país, acaba de apontar 88% de aprovação popular para o governador Ronaldo Caiado. É um número simplesmente espetacular. Em Goiás, nunca foi alcançado por nenhum governante do passado. Nacionalmente, talvez também não. Em uma interpretação literal, significa uma quase unanimidade, algo como nove em cada 10 goianas e goianos se declarando satisfeitos com o trabalho do governador. Beira o inacreditável, porém apenas confirma uma série de outros levantamentos desde anos e anos apresentando Caiado como dono de uma avaliação favorável consagradora e fantasticamente sempre superior a 80%.

 

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O céu é o limite. Uma popularidade nas alturas, como essa, gera consequências. Uma delas é a alavancagem da candidatura presidencial de Caiado, hoje levada a sério pela grande imprensa, em especial a partir das vitórias eleitorais deste ano em Goiânia e em Aparecida – os municípios que compõem a região metropolitana. Outra é a potencialização das possibilidades da base governista para 2026, quando o vice Daniel Vilela será o candidato ao Palácio das Esmeraldas. Haverá adversários viáveis? Dá para começar a pensar que não. Que não se mencione o senador Wilder Morais, absolutamente carente de estofo ideológico, de inteligência estratégica e de estrutura política para enfrentar o poderio da aliança caiadista, sem falar na inexistência de escora nos municípios – e isso está cada vez mais óbvio.

O ex-governador Marconi Perillo poderia se constituir em uma alternativa? Tudo o que sustentava Marconi como liderança de primeira grandeza em Goiás esvaiu-se em fumaça. Seu isolamento assemelha-se cada vez mais ao de Vanderlan, o caminhante solitário que perdeu três eleições para a prefeitura de Goiânia e duas para o governo do Estado por falta de apoio mínimo de partidos ou de nomes reconhecidos. Sozinho, na política, ninguém vai a lugar nenhum, como Vanderlan não foi e como o solitário Marconi não irá. A menos que queira arriscar a terceira derrota, o figurino no qual o ex-governador ainda caberá será o de candidato a deputado federal, assegurando um espaço garantido para tentar a ressurreição cada vez mais difícil.

Os 88% de Caiado produzem como efeito inevitável o enfraquecimento da oposição, em geral. Que praticamente já não existe. Contra o governador só persistem figuras excêntricas e desacreditadas como o deputado Major Araújo ou… ou quem mais? Isso nunca aconteceu antes em Goiás. Caiado é a força dominante do Estado, o condutor das massas que tendem a se tornar nacionais com a candidatura a presidente da República. Não há razão para duvidar. Daqui para ali, o que se verá é o nascimento de um movimento de união de todas as correntes políticas regionais para bancar o voo antes inimaginável de um filho de terra para os picos do poder federal. Seria como compor uma retaguarda bem estruturada, ainda que temporariamente, até passar a eleição. Se essa frente tiver chance de se materializar, só mesmo com Caiado.