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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia



04 ago

Deu tudo certo para Caiado: maior coleção de partidos, 90% dos prefeitos, apoio maciço dos deputados federais e estaduais, pesquisas favoráveis e, cereja do bolo, uma oposição fragilizada

Entre doses de competência para articular politicamente e a realização de uma primeira gestão de qualidade, o governador Ronaldo Caiado acabou se saindo bem com a definição final do cenário no qual se darão as eleições para o Palácio das Esmeraldas: juntou uma coleção de partidos de peso, atraiu um exército de 90% dos prefeitos (e, ao receber nesta semana o apoio significativo da prefeita de Bela Vista Nárcia Kelly mostrou que continua atraindo), conta com a maioria esmagadora dos deputados estaduais, federais e lideranças políticas que influenciam, nunca apareceu em qualquer pesquisa eleitoral a não ser em 1º lugar, com folga, e, o melhor tudo, tem na oposição um bando de adversários fragilizados, em alguns casos, como os do deputado federal Major Vitor Hugo e do ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, tão inaptos quanto despreparados para uma disputa exigente como o é o páreo para o governo do Estado. Nem um projeto alternativo de poder foram capazes de lançar, a menos de 60 dias para 2 de outubro. 

Poucas vezes antes se viu, em Goiás, uma conjuntura tão favorável como a atual para um candidato a chefe do Poder Executivo, mesmo em se tratando de reeleição. Como dito no parágrafo anterior, grande parte disso decorre da liderança e da visão do próprio Caiado e do desempenho que mostrou como governador, logrando alcançar situações com as quais todos os seus antecessores sonharam, mas não conseguiram efetivar, dentre as quais a conquista da estabilidade fiscal do Estado e do equilíbrio entre receitas e despesas é a mais preciosa gema do colar. Há muitas outras. Talvez nenhuma, na frente de contato direto com a sociedade, maior do que os níveis inéditos de Segurança Pública que hoje garantem a paz social para todas as goianas e todos os goianos, desafio que os governantes do passado consideram insolúvel.

Fácil, nenhuma eleição é. A vantagem de Caiado, no entanto, é monumental. Eis aí um gigante face a oponentes que são pigmeus. E nem citei aqui a sua biografia imaculada, em um país onde a classe política é mais suja do que pau de galinheiro. O ex-governador Marconi Perillo, que teria estatura política para enfrentá-lo, correu da raia, amedrontado com a sua rejeição, ainda longe de ter sido contornada e quase tão viva quanto a que o esmagou eleitoralmente em 2018. Restou quase nada no caminho da busca de mais um mandato para o governador.