Cenário favorável aponta para melhor oportunidade da carreira política de Adriana Accorsi
Já está definido: deputada federal Adriana Accorsi vai disputar pela 3ª vez a prefeitura de Goiânia, apesar da oficialização da candidatura ainda depender dos passos coreográficos necessários para o PT dar impressão de ser um partido democrático que só decide mediante processos coletivos, ou seja, ouvindo a sua base popular. Não é, mas, pelo menos nesse caso, o fato é que Adriana está bem-posicionada e com chances de vitória que não teve nas duas vezes anteriores em que concorreu.
Encenações petistas à parte, a deputada já se decidiu, amparada por pesquisas que mostram sua elevada competitividade. Chegou a hora. Há cenários em que ela aparece em 1º ou 2º lugares. Mesmo quando em 3º, os índices sustentam as perspectivas de vaga no 2º turno. O único fator negativo detectado é a reconhecida tendência conservadora do eleitorado goianiense, em dois sentidos: um, a suspeita de que ainda não é hora de entregar a gestão da capital a uma mulher; outro, o exacerbado bolsonarismo, o mesmo que derrotou Lula, em 2022, nos 1º e 2º turnos. Tudo isso, no entanto, podem ser favas passadas.
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Seja como for, Adriana Accorsi entrou no jogo como uma alternativa real. Consciente da situação, ela já assumiu nos bastidores do PT estadual o desafio da candidatura, mas precisa cumprir por um certo tempo o tradicional script da “convocação”, ou seja, não que ela pessoalmente tenha uma vontade, porém se disporá a atender a um chamamento das bases da legenda.
Para o PT nacional, uma petista disputando em uma capital vale ouro. Valoriza o discurso de empoderamento feminino da sigla, que é enfraquecido pelas posições e decisões machistas do presidente Lula. Vide o caso da nomeação de mais uma mulher para o Supremo Tribunal Federal, hoje uma possibilidade inexistente. Adriana Accorsi terá, portanto, apoio maciço da direção nacional, o que significa inclusive dinheiro à vontade dos fundos partidários e eleitoral para fazer a campanha. Em uma hipótese distante, poderia receber o apoio do MDB, hoje sem candidato depois da desistência de Ana Paula Rezende, reeditando a aliança articulada por Iris Rezende que se mostrou acertada. Uma conjunção de fatores, enfim, que leva a uma conclusão inevitável: ela é candidata e vencer não é uma utopia.