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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

04 abr

Mais uma reviravolta, talvez a última, dá sobrevida a Vilmarzim

Mais uma vez, ocorreu uma reviravolta na montagem do cenário para as eleições deste ano em Aparecida: agora, o quadro evoluiu para a filiação do prefeito Vilmar Mariano ao União Brasil, ainda nesta quinta, 4, recebendo em troca um prazo de 60 dias para se viabilizar, isto é: decolar nas pesquisas de forma inequívoca e comprovar condições mínimas para fazer frente à candidatura oposicionista, e por enquanto no topo das pesquisas, do deputado federal Prof. Alcides.

Vilmarzim recuou da decisão de romper com a base governista depois de avaliar a própria situação e constatar o seu isolamento, a partir de um gatilho: através do deputado federal Glaustin Fokus, o Podemos comunicou formalmente a ele que não mais subiria no seu palanque e que se alinharia com o nome a ser apoiado pelo governador Ronaldo Caiado, pelo vice Daniel Vilela e pelo ex-prefeito Gustavo Mendanha, naquele instante – fim da tarde de quarta, 3 – o ex-deputado federal e diretor de Operações do Detran Leandro Vilela.

Com a intermediação do ex-deputado federal e empresário Sandro Mabel, nomeado representante da aliança presidida por Caiado na disputa pela prefeitura de Goiânia, Mariano resolveu aceitar as condições já colocadas antes para a hipótese da sua candidatura: manter a filiação ao MDB ou se transferir para o União Brasil e tentar uma reação de curto prazo nas pesquisas, buscando melhorar seus índices em até dois meses ou, não o conseguindo, comprometendo-se a apoiar o postulante ungido por Caiado, Daniel e Mendanha – no caso, Leandro Vilela.

Esse revertério parece o último do complicado vaivém dos últimos dias na política aparecidense. Assinando a ficha do União Brasil, nesta quinta, 4, Vilmarzim passa a depender da boa vontade do partido para registrar a sua candidatura, algo impossível se ele não melhorar o seu desempenho e deixar claro que pode vencer o Prof. Alcides. O prefeito ganhou uma sobrevida, no entanto, obrigado a encarar um desafio que especialistas e lideranças conhecedoras da realidade de Aparecida consideram de difícil superação, muito difícil mesmo, ainda mais para quem carece de um discurso convincente, não é um gestor visto como competente, não formulou uma estratégia positiva de comunicação e, sobretudo, passou a ser identificado pelas eleitoras e pelos eleitores locais como detentor de um perfil abaixo das exigências da cadeira número um da Cidade Administrativa (a sede da prefeitura).

 

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