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José Luiz Bittencourt sobre política, cultura e economia

09 abr

Poeira se assenta em Goiânia, todos agora de olho nas pesquisas

Adriana Accorsi (PT). Vanderlan Cardoso (PSD). Gustavo Gayer (PL). Sandro Mabel (UNIÃO). Estão nesses os nomes as principais candidaturas a compor o cenário eleitoral para Goiânia, neste ano. É conveniente acrescentar o prefeito Rogério Cruz (SDD). Cruz tem se mostrado resiliente, determinado a buscar a reeleição mesmo diante das adversidades. Ele não desanima jamais.

Existe ainda espaço para especulações quanto aos vices em cada uma dessas chapas. Mas essa movimentação, qualquer que venha a ser o resultado em cada caso, dificilmente terá influência decisiva sobre as urnas. O que valerá mesmo serão os cabeças, como pensam, quais correntes de opinião representam, o apoio que receberão e as propostas que lançarão. Como pano de fundo para a corrida pelo Paço Municipal, a polarização ideológica se avulta a cada visita de Jair Bolsonaro a Goiás. Sim, ela estará presente. O ponto exato é desconhecido, por ora. Porém, de alguma forma o confronto de ideias e visões de mundo irá pesar, paralelamente aos interesses gerenciais da população para a cidade.

Lembrete: as últimas pesquisas de credibilidade foram publicadas no final do ano passado. Adriana Accorsi liderava, em empate técnico com Vanderlan e Gayer. O candidato governista, na época Jânio Darrot, afundava abaixo de 3%. De lá para cá, inclusive pela falta de um quadro de postulantes com jeito de definitivo, os raros levantamentos a circular não mereceram atenção. As coisas mudaram, no entanto, estimulando boatos e projeções pouco confiáveis a respeito. Adriana teria caído. Gayer subiu. Mabel já estaria com 5%. E por aí afora. Tudo incerto e sem base real.

 

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Historicamente, as melhores guias para a campanha municipal em Goiânia são os trabalhos de institutos como o Serpes, Fortiori e Diagnóstico, os mais respeitados e tradicionais do Estado. Não se tem notícias de que estariam produzindo alguma pesquisa. O Popular costuma contratar o Serpes, em todas as disputas na capital, assim que o tabuleiro é montado. E já está. O primeiro time de pretendentes foi escalado: Adriana, Vanderlan, Gayer, Mabel e Rogério. É só preencher a tabela e entrevistar a amostra científica de eleitoras e eleitores que resume o universo dos votos. Segundo os registros do Tribunal Regional Eleitoral, nem Serpes nem Fortiori nem Diagnóstico protocolaram por enquanto qualquer pesquisa. Dois institutos de muito menor fiabilidade, o Goiás e o Cerrado, o fizeram, sem divulgação até o momento. A hora, portanto, é de suspense.