Vilmarzim faz papel de otário em acordo de 2 anos com Alcides
O acordo que o prefeito de Aparecida Vilmar Mariano teria acertado para apoiar a candidatura do Professor Alcides só confirma que ele, o Mariano, além de todas as suas deficiências como administrador e como político, também é… otário. Não há outra definição para o Mariano, caso tenha mesmo exigido, para se engajar na campanha do candidato do PL, cargos em uma futura e hipotética gestão, reciprocidade na campanha de deputado federal, além de “estrutura” (leia-se: dinheiro) para eleger três vereadores em outubro próximo. Coisa típica de quem não é da política, não sabe fazer política e não tem amanhã na política.
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Vilmarzim não vale o que Alcides ofereceu para ele, mesmo tão pouco. Ele mais atrapalha do que ajuda. Faltou também um mínimo pudor aos envolvidos nessa “negociação”. Onde entram as ideias, as bandeiras que realmente interessam a população aparecidense? Onde entra o espírito coletivo? Alcides receberá no seu palanque alguém que ele repudiava até há poucos dias, enquanto Vilmarzim irá para onde não é bem-visto nem benquisto. Se sentará com o ex-deputado estadual Max Menezes e o presidente da Câmara André Fortaleza, que o detestam. Não há nenhuma grandeza em tudo isso. O prefeito passará a respaldar Alcides movido pelo mais baixo instinto de vingança, depois de ter o caminho da reeleição cortado pela própria incompetência em se viabilizar tendo nas mãos o controle de uma graúda máquina administrativa, sendo necessário acrescentar cupidez, fisiologismobarato e predominância de interesses particulares, sequer minimamente disfarçados. Suas motivações para abraçar Alcides são somente a mágoa que evoluiu para ódio de Gustavo Mendanha e paradoxalmente todos os que o depositaram no pódio momentâneo onde está.
Tudo isso só confirma o que sempre se escreveu neste blog: Vilmar Mariano ganhou acidental e imerecidamente um trono muito acima da sua altura (sem ironias, aqui, porque essa é a avaliação que ele “conquistou” entre as cidadãs e os cidadãos que des-governa, segundo a unanimidade das pesquisas qualitativas). Não à toa, entre a entourage de Alcides pululam dúvidas sobre a conveniência do seu engajamento na campanha do PL. O Professor será inevitavelmente acorrentado a uma gestão desastrosa, a que ele mesmo atribuiu nota 4 e classificou corretamente como danosa para Aparecida. Será obrigado a abandonar o discurso da mudança, que se transferirá automaticamente para Leandro Vilela.
Ah, mas o Vilmarzim tem a prefeitura nas mãos e isso será útil para captar votos para Alcides. Besteira. Esse é um prefeito destrambelhado, que não controla nada e não montou um grupo político. Pior, não tem a menor noção sobre o papel de um líder capaz de amealhar o respeito dos “liderados” e não se iludir com a súcia de bajuladores a cercar qualquer um que tenha poder. Só vai levar desgastes para o Professor, ao comprometê-lo com a continuidade do atraso que a sua personagem apequenada impôs a Aparecida. Anotem, leitoras e leitores: quando se encerrar o mandato tampão de Vilmarzim, nunca mais se ouvirá falar nele, assim como antes ninguém tinha conhecimento da sua existência fora dos estreitos limites da paróquia aparecidense. Ele não tem votos. Ou tem, mas suficientes apenas se eleger vereador.
Qual a importância para Wilder Morais, candidato a governador em 2026, de um então ex-prefeito sem legado e identificado apenas com a improvisação, com a própria egolatria e disposto a trair a própria palavra – assumida perante um governador sério como Ronaldo Caiado, quando topou de viva voz o desafio de crescer nas pesquisas para se tornar o candidato da base governista em Aparecida? Antecipando a certeza de que a sua palavra nunca teve e não tem valor, Vilmarzim negou o tempo todo o “contrato” assinado com Caiado e finalmente, ao ser defenestrado por não cumprir as condições que aceitou, tentou se transformar em vítima chorona. Faltou ombridade. Antes, torrou milhões em dinheiro público com propaganda, show artísticos nos bairros e um delírio demagógico infantil atrás de intenções de votos – que não apareceram.
Desde já, se Alcides for derrotado, o Mariano será um dos responsáveis. Se ganhar, não terá contribuído com nada, Alcides terá chegado lá apesar dele. E é como será tratado: um peso morto. Apoio para uma eventual campanha de deputado federal? Isso é piada. Nem Vilmarzim nem o seu nem tão fiel Veter Martins terão qualquer chance em 2026. Veter, sem a prefeitura, não renova sua cadeira na Assembleia e daí, portanto, sua sorte está selada. O deputado – com coragem zero para fazer oposição a Caiado, como faz agora o Mariano – não cabe no alcidismo, onde a fila já andou e há pretendentes para o mesmo destino, ou seja, mandatos parlamentares em 2026. É difícil achar um político mais dissimulado do que Veter, com tão baixa confiabilidade (cuidado, Vilmarzim). A partir de agora, ele e Vilmarzim vão flutuar no éter provinciano aparecidense, aguardando que o tempo traga o fim das suas carreiras, um ao lado do outro ou não.