Grupo de Aparecida emerge das urnas como principal núcleo político de Goiás
Liderado pelo vice-governador Daniel Vilela, secundado pelo ex-prefeito Gustavo Mendanha e agora tendo como estrela o prefeito eleito Leandro Vilela, o chamado “grupo de Aparecida” emerge das urnas deste ano configurado como o mais forte e influente núcleo mobilizador da política estadual.
Daniel é o presidente estadual do MDB, maior e mais tradicional partido político de Goiás, dividindo os holofotes apenas com o UNIÃO BRASIL do governador Ronaldo Caiado e muito superior e mais capilarizado do que o seu rival PL – uma legenda ainda em busca de afirmação no Estado para além da mera replicação do cansativo trololó bolsonarista, como bem observou Caiado.
Somando-se às suas lideranças de primeira grandeza, o grupo de Aparecida, portanto, conta com um sólido escopo partidário, sustentando-se na história do MDB, por um lado, e por outro associado ao UNIÃO BRASIL, conectando seus projetos para 2026 com a aposta presidencial de Caiado.
Vale ressaltar ainda a abundância de quadros técnicos e políticos e o fato de alicerçar suas bases no 2º maior colégio eleitoral do Estado, interpenetrando o 1º, que é Goiânia, e fundamentando seu domínio no dinamismo da região mais urbanizada e industrializada do Estado.
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Venhamos e convenhamos, o grupo de Aparecida nasce sob uma combinação perfeita de fatores de toda natureza, sem falar na cereja do bolo: a juventude dos nomes que o protagonizam e lideram, todos eles representantes da mudança geracional da política em Goiás. Os mais destacados, obviamente, são Daniel Vilela, Gustavo Mendanha e Leandro Vilela, que a partir de agora passam a atrair como imãs potentes as expectativas de evolução do processo político, com tendência a engrossar as suas fileiras com a agregação de revelações da última eleição municipal como o prefeito eleito de Anápolis Márcio Corrêa (no PL, mas conectado a Daniel) e Welligton Carrijo, prefeito eleito de Rio Verde, esse do MDB, dentre outros.
Não há nada parecido em Goiás: o grupo de Aparecida desponta dentro de um momento histórico oportuno, lastreado em fontes de poder de autoridade inquestionável e com aptidão para sair na frente para aproveitar todas as chances que serão disponibilizadas pelas eleições de 2026, dentre elas a principal é o Palácio das Esmeraldas. E com uma vantagem: está diretamente vinculado ao governador Ronaldo Caiado, hoje símbolo de sucesso administrativo com a sua aprovação acima de 86% por esse Goiás afora e com a sua candidatura cada vez mais encorpada à Presidência da República.
A abrangência de Caiado é tão grande que nem mesmo o provável adversário de Daniel Vilela na disputa pelo governo, o senador Wilder Morais, ousa falar em ser oposição ao governador. Ao contrário, Wilder faz o possível para não assumir posições de confronto e chega a dizer em público que trabalha para colaborar no declarado sucesso da gestão de Goiás.
Mas o candidato que a base governista vai apoiar para o Palácio das Esmeraldas já foi apontado por Caiado e de forma inequívoca: será o vice Daniel Vilela, depois dos resultados das eleições municipais deste ano, quando a coligação de partidos aliados fez quase 200 prefeitos, considerado ainda mais favorito para vencer o próximo pleito.