Comparação de Mabel não é com Rogério Cruz, é com todos os demais: nunca houve prefeito tão presente e ativo
Em um ranking de proatividade e presença no dia a dia da gestão administrativa de Goiânia, em todos os tempos, não há dúvidas de que Sandro Mabel dispararia em 1º lugar. Mabel não deve ser comparado somente ao seu antecessor Rogério Cruz, que simplesmente não passou de um zero à esquerda, mas a todos os demais, inclusive Iris Rezende. Sai na frente fácil, apesar de mal ter completado três meses de mandato – suficientes, contudo, para comprovar que uma revolução se instalou na prefeitura da capital.
Talvez o Iris que assumiu em 1966 e governou até ser cassado em 1969 tenha alguma semelhança com Mabel. Naquela época, ocorreu também uma revolução, com repercussão nacional. Mas os parâmetros eram outros: Goiânia limitava-se a pouco mais de 200 mil habitantes, um ovo diante da portentosa metrópole que hoje ostenta mais de um milhão e meio de habitantes e se constitui na 10ª cidade mais populosa do Brasil. O desafio colocado para um prefeito da atualidade, assim, é muito, mas muito maior.
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Goste-se ou não do Sandro, ele se transformou, como já dito aqui, em um prefeito metaforicamente movido a eletricidade e rapidamente ocupou todos os espaços abertos no imaginário das goianienses e dos goianienses, aliás, algo que ele repetidamente prometeu já na campanha e cumpriu: do nascer do sol até altas horas da noite, não para, autenticado por uma farta documentação visual nas redes sociais. Em um momento, repreende desavisados que ainda jogam lixo nas ruas, em outro está reunido com atendentes de postos de saúde, em mais um atende fulanos e ciclanos no seu gabinete e ainda fecha o dia pessoalmente na avenida Marginal Botafogo empunhando uma trena para avaliar a possibilidade de implantação de uma terceira faixa, acompanhado de auxiliares atônitos e com cara de bem menos disposição que a dele. Um expediente rotineiro, na verdade.
Segundo O Popular, dentro da sua tradicional visão elitista, Mabel estaria errado ao se envolver diretamente com as ruas, bronqueando quem suja a cidade e passando ordens com durezas para assessores. Para o jornal, isso corresponderia a transferir métodos de empresas privadas, nas quais o prefeito adquiriu a sua experiência gerencial, para o setor público, onde as regras seriam diferentes. Um equívoco, sentencia O Popular. Não acreditem, leitoras e leitores, trata-se de uma crítica infundada: se o que Mabel faz é aproveitar o conhecimento que adquiriu no seu currículo muito bem-sucedido no mundo dos negócios, então podemos concluir que essa estratégia é vitoriosa porque está dando certo. Goiânia tem prefeito, como nunca teve.