Mabel disse na campanha que era gestor. Está provado que falou a verdade
Nos seus quase cinco meses de exercício como prefeito de Goiânia, Sandro Mabel já comprovou que falava a verdade quando apregoava, ainda na campanha eleitoral, ser um gestor profissional e que administrar coisas estava no fulcro da sua experiência de vida, no caso, com uma bem-sucedida carreira no mundo empresarial. Transposto pela vitória nas urnas para o setor público, desanuviou o clima pesado vigente nos tristes dias da malfadada Era Rogério Cruz e reorganizou a capital, o que qualquer um pode sentir ao transitar pelas ruas agora limpas e em meio a um tráfego de veículos muito mais fluído, para constatar o que de principal vem acontecendo no maior conglomerado urbano do Estado.
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Mabel ocupou o imaginário das goianienses e dos goianienses. Não se tem notícia, por ora, de pesquisas sobre a sua aprovação, mas quem apostar em índices elevados ou, no mínimo, bastantes razoáveis, dificilmente perderá. Não só pela presença física, intensa pelos quatro cantos da cidade, quanto pelo turbilhão de boas notícias que emanam do Paço Municipal e até pelo milagre do reequilíbrio financeiro da prefeitura, obtido em tão pouco tempo, conforme pode ser apurado com dados do Portal Transparência e reproduzidos pelo jornal O Hoje: não há mais déficit e a folga de caixa já seria superior a R$ 1,3 bilhão.
Um momento: milagre? Nada disso. É o Mabel trabalhando. Prefeitos anteriores – sim, não apenas Rogério Cruz – fracassaram no ajuste fiscal e deixaram rombos, além de obras paralisadas, operações de empréstimos a juros altíssimos e desordem entre as receitas e despesas, uma sina da qual nem Iris Rezende escapou. Isso não durou nem dois meses depois que Mabel assumiu. E olha que o corte de gastos e o realinhamento fazendário não prejudicaram nenhuma área prioritária dos serviços municipais. Nenhuma. Tudo continuou funcionando, melhor, passou a funcionar sem tropeços, dentro de uma normalidade que não existia antes, rapidamente reincorporada ao dia a dia de uma pequena metrópole, porém exigente, como Goiânia é. Fim dos sobressaltos. Fim da lambança. Fim do caos operacional e administrativo. Em menos de cinco meses de Mabel, relembre-se.
Mabel sentado no trono do alto do Park Lozandes passou a ser tudo que ele nunca foi antes, mesmo porque a sua trajetória política baseou-se em cargos legislativo, algo que, é notório, sempre caminhou à margem da sua biografia, como se sabe essencialmente executiva. Finalmente, a sua vocação natural está florescendo com toda força, coerente com o destino que ele nasceu para cumprir. Dentre os prefeitos das três maiores cidades do Estado, é o que navega em mar de rosas: em Aparecida, Leandro Vilela enfrenta uma greve de professores e em Anápolis, Márcio Corrêa foi tragado por um escândalo que levou à prisão do seu secretário de Comunicação. Em Goiânia, a barra segue limpa. Mabel criou uma chance de ouro: a de entrar para a história como o melhor prefeito da capital.