PL vai rifar Wilder e Gayer para compor com Daniel Vilela e lançar Vitor Hugo para o Senado
Só quem é cego não enxerga: atendendo à voz de comando do ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL goiano vai rifar o senador Wilder Morais e o deputado federal Gustavo Gayer em 2026 (esse último se não tiver sido cassado pelo TSE ou pelo STF até lá) para apoiar a candidatura do vice-governador Daniel Vilela ao Palácio das Esmeraldas, representando a base governista, e formar chapa com Gracinha Caiado (UNIÃO PROGRESSISTA) e Vigor Hugo (PL) para o Senado. É o que está escrito nas estrelas e só um milagre poderá impedir que as coisas se deem nesse rumo.
Quem recorre a argumentos para supor um cenário diferente, como 1) Wilder é o presidente estadual do PL e é quem vai tomar as decisões ou 2) Gayer será levado em conta na sua vontade de também disputar o Senado porque é um dos maiores defensores do ex-presidente na Câmara Federal… pode tirar o cavalo da chuva. Wilder está na chefia do diretório regional do partido, sim, mas não manda em nada. A decisão é e será do Jair. Em segundos, uma nova comissão executiva pode ser nomeada para substituir a atual e… adeus Wilder, de uma maneira suave, uma vez que é senador e isso tem importância para Bolsonaro (que não pensa em perder nenhum, antes em ganhar mais). Quanto a Gayer, perdeu a moral com o capitão ao se envolver em roubo de galinhas, ou seja, usar o seu gabinete para encaminhar emendas orçamentárias para associações fantasmas parceiras. Fora isso, é um doido varrido, cercado de processos que – alguns juridicamente gravíssimos – podem resultar na interrupção do seu mandato e na sua eliminação da vida pública. Um entrave a menos para o reposicionamento do PL em 2026, um movimento que terá profundas e duradouras repercussões na política em Goiás, ao unir a centro-direita em um bloco sólido e monolítico como nunca aconteceu antes no Estado.
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Já está claro como a luz do dia que uma aliança com o UNIÃO PROGRESSISTA e o MDB trará resultados espetaculares para o PL e, na sequência, para Jair Bolsonaro, que provavelmente chegará encarcerado no ano que vem, mas sonha com a formação de uma ampla maioria direitista no Senado. Capaz, inclusive, de impichar ministros do Supremo Tribunal Federal. Na sua defesa, perfilarão um governador – Daniel Vilela, que assume em abril e em seguida iniciará a sua campanha para continuar no cargo – e um candidato a presidente da República, Ronaldo Caiado. Não um senador desfibrado com Wilder Morais, que a cada três votações, fica duas vezes a favor do governo Lula. Ou um porra-louca, com as nossas desculpas, leitoras e leitores, pelo uso de uma expressão rasteira e vulgar, mas à altura de caracterizar a falta de credibilidade e efetividade de Gustavo Gayer.
O que se leu nos parágrafos anteriores é o roteiro hoje praticamente definido para a política em Goiás em 2026 e nos anos seguintes. Depende apenas do afastamento de Wilder e Gayer, o primeiro de forma mais branda, mediante ordens expressas de Bolsonaro, enquanto o segundo, pela agressividade que já vem demonstrando nos ataques ao vereador Vitor Hugo (o xodó do Jair), terá que ser calado com pancadas (metaforicamente falando, mesmo porque este blog não é adepto de qualquer tipo de violência). E elas virão, quase certamente pelas sentenças judiciais que atingirão o seu mandato na Câmara Federal e os seus direitos políticos. O acordo entre o PL e a base governista, liderada pelo UNIÃO PROGRESSISTA de Caiado e o MDB de Daniel Vilela representa um avanço, mesmo carregando tintas bolsonaristas por conta de Vitor Hugo. O que fará a diferença é que hoje o ex-Major não é mais o radical que foi antes e pode ser que tenha uma contribuição a dar para o futuro das goianas e dos goianos.